Leituras do mês — março/2022
março foi um mês intenso pensando as minhas leituras. Além de ter trazido mais diversidade, consegui adiantar algumas leituras que estavam na minha lista.
Por esse motivo, este mês representou uma melhora na minha qualidade de leitura. Continuo priorizando a literatura de autoria feminina. Mas com um olhar mais voltado para o que está sendo publicado agora, já que, nos meses anteriores, dei uma freada.Alguns títulos não estão na foto, por terem sido lidos em formato digital.
📚 O Reino dos Bichos e dos Animais é o Meu Nome, de Stella do Patrocínio (Azougue Editorial), org. Viviane Mosé— livro cuidadoso, que reúne os falatórios emblemáticos de Stella do Patrocínio. Pode ser encontrado em PDF
📚 Coração Subterrâneo, de Olga Savary (Todavia) — reunião de poemas escritos por Olga Savary, poeta paraense considerada pioneira no trabalho com a poesia erótica e com o haicai.
📚 Meu Corpo Ainda Quente, de Sheyla Smanioto (Editora Nós)- nas palavras da autora, um conto de fadas distópico, que se centra na retomada da mulher pelo seu corpo. (lido em Kindle)
📚 A Mulher Submersa, de Mar Becker (Editora Urutau) — poemas que trazem uma formulação experimental, partindo da intimidade da mulher enquanto ser e estar no mundo.
📚 Escute as Feras, de Natsassja Martin (Editora 34), com trad. Camila Vargas Boldrini e Daniel Luhmann — revisita da antropóloga Nastassja Martin às experiências que viveu durante uma pesquisa de campo realizada na Península de Kamtchátka, na Sibéria, enfatizando sua desestruturação psíquica e a sua reformulação de si e do mundo. Trata-se, assim, de um trabalho de não-ficção, em que se finca a fronteira entre a autobiografia e a pesquisa científica.
📚 Da Poesia, de Hilda Hilst (Companhia das Letras)- livro que traz a obra completa da escritora em poesia, delineando seus muitos processos, fases e inquietações.
📚 Oito Contos Enjaulados, de Anderson Estevan (Confraria do Vento)— textos que se apoiam na desestruturação interna dos personagens, trazendo uma escrita experimental, que explora elementos como o fluxo de consciência, a metalinguagem e o realismo fantástico.
📚 Ancestral, de Goliarda Sapienza (Editora Âyiné), trad. Valentina Cantori— poemas curtos, mas que trazem uma cisão. São temas como morte, família, intimidade e o amor. Há um tom confessionalista, mas nunca totalmente entregue ao leitor
📚 Squirt, de Telma Scherer (Terra Redonda) — uma aproximação do desejo feminino a partir de imagens do surreal, do onírico e do estranhamento. Trata-se de uma compreensão nada banal das instâncias eróticas, que se expandem para além do ato sexual. Foi semifinalista do Prêmio Oceanos em 2020.
📚 Máquina Assassina, de Riotsistah (Escória Comix) — distopia que traz, como protagonista, uma personagem feminina. Apesar do cenário distópico, a narrativa é construída com humor e leveza.
📚 Dar Corpo ao Naufrágio, de Maria Caú (editora Urutau) — poemas que tratam o corpo em movimento, mas moribundo. Os textos, porém, não recaem em linguagem melancólica, há um trabalho de acidez, metalinguagem e cotidiano muito bem definidos
📚 Em Águas Profundas: Criatividade e Meditação, de David Lynch (editora Gryphus), trad. Marcia Frazão— reunião de textos curtos e comentários do cineasta estadunidense David Lynch acerca de seu processo criativo. O autor discorre sobre temas como meditação transcendental, surrealismo, intersecção entre diferentes campos artísticos e saúde mental.(lido em Kindle)
e vocês? O que leram em março? ✨
